Folha-PE
O Ministério Público do Estado (MPPE) instaurou um inquérito civil para investigar os constantes alagamentos na rua Amaro Albino Pimentel, que dá acesso à Via Mangue, cujos problemas tiveram início logo após as obras. O órgão também pede providências em relação à falta de fiscalização da gestão municipal sobre supostos abusos de construtoras que fecham a rua, com caminhões de carga e descarga de materiais, impedindo a entrada e saída de moradores. O MPPE deu até 20 dias para a Empresa de Urbanização do Recife (URB) apresentar soluções à Promotoria de Habitação e Urbanismo da Capital.
O aposentado Luiz Apolônio, 66, denuncia que as obras de acesso à Via Mangue impedem o escoamento da água da chuva, fazendo com que ele tenha que entrar na rua transversal para não correr o risco de atolar o pneu do carro. “Com os caminhões passando, o asfalto afundou, abrindo várias crateras. Basta uma chuvinha e tudo alaga. Eu tenho sempre que arrodear porque o acesso a essa via é precário”, queixou-se. A moradora Ana Cláudia Pimentel, 49, cobra providências da gestão municipal. “Esse problema se arrasta há meses. Já reclamamos, mas ninguém faz nada. As construtoras até colocaram pó de pedra para amenizar a situação, mas adiantou de nada.”
Procurada pela Folha de Pernambuco, a URB informou que “só se pronunciará quando for comunicada oficialmente”. A postura, no entanto, contradiz com a postura do MPPE. Por meio da assessoria de Imprensa, a promotora Bettina Guedes informou que o ofício foi encaminhado desde o dia 22 de abril. A denúncia foi recebida por moradores no dia 11 de abril.