STF deve resposta ao país sobre Cunha

Antônio Assis
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Kennedy Alencar

O depoimento do lobista Fernando Baiano ao Conselho de Ética da Câmara desgasta politicamente Eduardo Cunha, apesar de o peemedebista dar mostras de que consegue se segurar na cadeira. O lobista disse ter entregue diretamente a Cunha R$ 4 milhões de propina em espécie.

O papel de condutor do impeachment na Câmara já manchará historicamente a provável queda de Dilma. O depoimento de Fernando Baiano transforma Cunha num grande problema para um eventual governo Temer. Como começar uma nova fase com alguém tão cercado por acusações de corrupção?

No PMDB, há pressão para que Cunha renuncie à presidência da Câmara e fique apenas como um deputado federal que usaria o foro privilegiado para responder às acusações no âmbito da Lava Jato. Mas ele resiste.

O STF (Supremo Tribunal Federal) tem sido lento e omisso ao analisar o pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, pleito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Há resistência no STF em fazer tão grave intervenção num outro poder. Mas a intensidade das acusações de corrupção contra Cunha demandariam uma posição do Supremo, nem que fosse para explicitar que não acha conveniente tirar do cargo um presidente de poder. Seria mais honesto com o país enfrentar logo essa questão.

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