SP: tucano é citado por suspeitos de fraude em merenda

Antônio Assis
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Lobista cita presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo no esquema. 
Capez diz que repudia com veemência injusta citação de seu nome.

Do G1 em São Paulo

A Polícia Civil teve acesso a trocas de mensagens entre os dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), envolvida no escândalo da merenda. Em uma das conversas, segundo os investigadores,eles falam sobre a propina paga em parcelas que foi combinada durante a campanha de 2014, quando o atual presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, do PSDB, foi eleito deputado.

As conversas aconteceram em 8 de maio de 2015. Os pagamentos teriam acontecido depois da campanha. Capez assumiu a presidência da Assembleia Legislativa em março de 2015.

Em delação premiada, o lobista Marcel Júlio também cita a participação do presidente da Assembleia no esquema. Marcel Júlio é apontado pela polícia, pelo Ministério Público, como o principal elo entre a Coaf, funcionários públicos e políticos, segundo o Jornal Nacional.

Na delação, o lobista relatou que, em um dos encontros, um ex-assessor do deputado Fernando Capez pediu 2% do valor do contrato e mais R$ 450 mil para a campanha. Segundo Júlio, o ex-assessor do deputado tucano, Jeter Rodrigues Pereira, o convidou para para conversar na Assembleia e disse: "você viu lá a publicação, tudo como combinamos? Agora precisamos falar de valores. Eu quero 2% do contrato e no total nós queremos, tirando os meus 2%, mais R$ 450 mil para ajudar na campanha do deputado Capez".

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