Folha-PE
A Corregedoria da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) informou, por meio de nota, na manhã deste sábado (9), que abriu sindicância para apurar a rebelião que ocorreu na noite da última sexta-feira (8), no pavilhão 3 do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Durante o tumulto, o interno Roberto Rodrigues de Souza Júnior, de 18 anos, foi morto a facadas.
Segundo a Funase, a sindicância tem um prazo de 20 dias para ser concluída, podendo ainda ser prorrogada por mais 20 dias. Ao todo, dez pessoas suspeitas de liderar a rebelião foram levadas, ainda na noite da última sexta, para a Delegacia do Cabo. Lá, três delas confessaram o assassinato de Roberto e foram encaminhadas ao Centro de Observação de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), já que tinham mais de 18 anos. Os três jovens também vão responder por dano ao patrimônio público.
Os outros sete internos já retornaram ao Case do Cabo. Durante a rebelião, oito internos conseguiram fugir e ainda não foram recapturados. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) colheu as informações em relação ao ocorrido para dar início às investigações sobre o homicídio. A rebelião também resultou em colchões queimados e alguns móveis e objetos quebrados.
A rebelião foi controlada pelo Batalhão de Choque cerca de duas horas após o início do tumulto. A Funase também informou está prestando toda a assistência à família de Roberto Rodrigues, inclusive com o auxílio de um psicólogo. A equipe técnica da Funase também está auxiliando as famílias dos envolvidos na rebelião. As visitas deste sábado foram mantidas nos pavilhões que não se envolveram com a rebelião.