Suplentes lamentam ausência na votação do impeachment de Dilma

Antônio Assis
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Jungmann disse que iria atuar "na arquibancada" (Foto: :Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)

Alex Ribeiro
Blog da Folha

Os deputados federais suplentes em Pernambuco lamentam não participar da votação do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). Raul Jungmann (PPS), Cadoca (sem partido), Fernando Monteiro (PP) e Augusto Coutinho (SD) deverão ceder os seus cargos que assumiram ainda no começo da atual legislatura, em fevereiro de 2015.

Os titulares Danilo Cabral (PSB), Felipe Carreras (PSB), André de Paula (PSD) e Sebastião Oliveira (PR) voltarão a Câmara Federal dias antes do processo contra a líder petista, que deverá ocorrer em meados de abril. Todos devem votar pelo impeachment. Após a votação eles voltarão a ocupar novamente os cargos no Governo de Pernambuco.

“Do ponto de vista pessoal, é claro, uma tristeza, uma amargura. É um ano e dois meses trabalhando. Demorei a entrar nesse processo, só que entendo que agora tudo é passado. Fica uma tristeza de um ato final que a gente vem construindo, mas é do jogo, vamos para frente, paciência. Queria estar em campo, mas estarei na arquibancada”, lamentou Raul Jungmann.

O deputado Augusto Coutinho (SD) também lamentou a ausência na votação. Ele lembrou seus anos como oposição ao Governo do PT.

Coutinho disse que iria respeitar a decisão dos titulares (Foto: Folha de Pernambuco)

“A gente trabalha na ilegitimidade desse governo que hoje trabalha com formas de se perpetuar no poder, de forma desonesta. E a gente está há 14 anos. Eu me recordo quando éramos somente 70 deputados da oposição e todo mundo votava contra o governo. Hoje a gente vê que a grande maioria vota pelo impeachment” , lembrou.

O deputado Fernando Monteiro afirmou que ainda não recebeu o comunicado oficialmente sobre sua saída momentânea da Câmara.

“Gostaria (de participar da votação), mas o direito é deles. A gente tem que respeitar, é um momento histórico. Eu respeito muito isso”, disse o parlamentar, que não definiu o seu posicionamento sobre o processo do impeachment. “Mesmo não votando iriei me posicionar dias antes da votação”, prometeu.

Já o deputado Cadoca (Sem Partido) minimizou sua saída da Câmara no dia da votação. Segundo ele, o procedimento feito pelos deputados titulares é corriqueiro.

Cadoca afirmou que procedimento adotado pelos titulares dos cargos é algo normal (Foto: Cleiton Lima/Folha de Pernambuco)

“Essa coisa é mais comum aqui, vai e volta, não tem nada de estranho, é natural. Esse negócio ai é tempestade de copo d´água”, confessou o parlamentar, que também não se posicionou sobre o processo de impeachment.

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