Blog do Jamildo
Mesmo após o desembargador Marco Maggi, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decretar ilegalidade da greve dos professores das escolas municipais do Recife, a categoria decidiu por manter a paralisação, deflagrada nesta terça-feira (8).

Além disso, será feita uma denúncia à Organização Nacional de Trabalho (OIT) contra a Prefeitura do Recife.
Em vídeo, o Simpere divulga o calendário da paralisação da categoria. Nesta quarta (9), os professores vão percorres as escolas da cidade. Na quinta (10), irão sem juntar à paralisação geral dos servidores do Recife. Uma nova assembleia para decidir os rumos da greve está prevista para a sexta (11).
Na última sexta (4), a Prefeitura do Recife apresentou uma proposta de reajuste de 11,36% para os professores com nível médio, deixando os demais profissionais sem aumento salarial. A categoria avaliou que essa proposta é afronta, pois a proposta contrariara a lei do piso e ainda destrói o PCCR (Plano de Cargos e Carreias e Remuneração). Eles exigem que reajuste seja para todos os docentes.
Em nota divulgada nas redes sociais do Simpere, os professores mostram a indignação a respeito da decisão judicial e afirmam que “ilegal é a proposta do prefeito”. “Nossa luta por direito não pode ser legal! A arbitrariedade de Geraldo Júlio e seus asseclas não vai diminuir a força da nossa mobilização e seus rumos decididos de forma coletiva.”
Confira na íntegra:
ILEGAL É A PROPOSTA DO PREFEITO!
Na última quinta-feira, dia 03 de março, centenas de professoras e professores aprovaram a greve da rede de ensino do Recife. Com muita indignação e disposição para a luta, a categoria reagiu bravamente a proposta abusiva do prefeito. Não é para menos: Não quer pagar o piso, desmonta do PCCR e sucateamento do serviço público. Fomos à assembleia dispostos a cruzar os braços para arrancar uma educação pública,gratuita e de qualidade.
A um dia de uma forte assembleia e do dia internacional da mulher trabalhadora, surge o debate sobre a ilegalidade da greve. Nós, do SIMPERE, nos manteremos firmes: Todas as atividades estão mantidas! Nossa luta por direito NÃO PODE SER ILEGAL! A arbitrariedade de Geraldo Júlio e seus asseclas não vai diminuir a força da nossa mobilização e seus rumos decididos de forma coletiva. A sua covardia se potencializa, pois faz esse ataque em pleno dia internacional de Luta das Mulheres trabalhadoras. Quer nos criminalizar porque denunciar o caos da educação pública? Por lutar por um ensino melhor para a juventude?
Pois Geraldo Julio que nos aguarde, SE GERALDO JULIO VEIO QUENTE, NÓS JÁ ESTAMOS FERVENDO!