Prêmios recebidos nos campeonatos de rinhas de galo promovido pelo Clube Pena Forte variavam de R$ 1.500 a 20 mil para o galo campeão
Foto: Divulgação/ Polícia Federal
JC Online
Após três meses de investigação, a Polícia Federal de Pernambuco desarticulou nesta quinta-feira (17) um grupo suspeito de envolvimento com rinhas de galo na cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia, o galpão onde os animais eram colocados para brigar e as apostas aconteciam, no Loteamento Santana, era de um oficial da Polícia Militar e a segurança era feita por outros militares. Na operação, que contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 130 pessoas foram encontradas no local, chamado de 'Clube Pena Forte'.
Ainda segundo a polícia, a área, onde cerca de 160 galos de propriedade do oficial da PM foram apreendidos, dispunha de uma estrutura com ar condicionado, cadeiras para os espectadores, sistema de som e televisão, além da venda de lanche e acessórios para os galos e apostadores. Os prêmios recebidos nos campeonatos de rinhas de galo promovido pelo Clube Pena Forte variavam de R$ 1.500 a 20 mil para o galo campeão e de R$ 500 a R$ 10 mil para o tratador do animal.
Das 130 pessoas encontradas no galpão, 120 foram revistadas e liberadas, por falta de provas para prisão em flagrante, e as outras 10 receberam multas no valor de R$ 3 mil reais por animal. Enquanto isso, o oficial recebeu multa no valor de R$ 500 reais por animais. Caso tais multas não sejam pagas, os nomes dessas pessoas serão negativado no SPC e SERASA, impossibilitando várias transações comerciais e financeiras. Já o cabo e o soldado que faziam a segurança armada tiveram os dados recolhidos para futura averiguação de possíveis irregulares disciplinares no âmbito da corregedoria.