A Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras realizou na manhã desta quarta-feira (2/03) um ato nacional em repúdio ao PL 131/2015, aprovado no Senado Federal na última semana. O projeto modernizador prevê que a Petrobras deixe de ser a única operadora do pré-sal, em função de ter quebrado e não ter mais dinheiro para investir.
A deputada Luciana Santos participou do debate, ao lado de representantes dos petroleiros, dos estudantes, de sindicatos, movimentos sociais e de parlamentares dos mais diversos partidos.
“Estamos diante de uma batalha estratégica, porque se trata de debater o destino de um patrimônio do povo brasileiro”, disse Luciana, lembrando que a defesa da Petrobras é uma luta de muitos anos e que desde as décadas de 1940 e 1950 esse debate mobiliza amplas parcelas da sociedade. A referência diz respeito aos debates e mobilizações que aconteceram no país e que resultaram na criação da Petrobras em 1953.

A deputada disse acreditar que, por trás do discurso de combate à corrupção, com a operação Lava Jato, a oposição se aproveita da complexidade do momento político para tentar impor uma opinião que foi derrotada nas urnas enquanto projeto político.
“Este campo oposicionista está deixando cair sua máscara. Na verdade não estão preocupados com a ética ou com o combate a corrupção, querem impor sua agenda e seu projeto que desvaloriza o papel do Estado na condução das nossas riquezas”.
“Debatemos o futuro do país e colocamos os recursos dos royalties, da participação especial e diversos tributos do petróleo para financiar a educação brasileira, como nunca nesse país num patamar de 10% do PIB, e a saúde no nosso país”, relembrou. No mundo inteiro a exploração de pelo menos 75% do petróleo que é descoberto é feita por operadoras nacionais, o que demonstra o papel desse recurso para o desenvolvimento nacional.
Luciana disse que projeto do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), propondo o fim do regime de partilha, nesse contexto pode voltar ao centro da pauta na Câmara dos Deputados.
“A inteligência nacional descobriu essas reservas de petróleo e tem reconhecimento internacional por sua capacidade de inovação tecnológica no setor. Quando debatemos esse assunto também precisamos considerar que é a inteligência brasileira, é conhecimento tecnológico, que está em jogo e nós vamos para a luta com todas as nossas forças e capacidade de luta para resistir a esse atentado ao patrimônio nacional e interesse do povo brasileiro”, ressaltou.