O parlamentar afirmou que não é interesse do Governo e do partido que haja violência e incitação ao ódio (Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT)
Blog da Folha
A poucos dias dos protestos convocados em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT), pediu que os militantes do PT e demais apoiadores do Governo Federal não saiam às ruas no próximo domingo em manifestações. O parlamentar afirmou que não é interesse do Governo e do partido que haja violência e incitação ao ódio.

De acordo com o petista, é importante que as forças de esquerda e entidades da sociedade civil não aceitem qualquer provocação. Ele reiterou a posição do presidente do PT, Rui Falcão, que pediu para que a população a favor da presidente não se manifeste no domingo. “Temos os dias 18 e 31 de março para fazê-lo. Não vamos dar a eles, que pregam a violência e o ódio, pretextos para nos acusarem”, disparou.
O líder do Governo aproveitou a ocasião e lembrou o Dia da Mulher, celebrado nessa terça-feira (9), e fez um chamamento à reflexão sobre “essa terrível chaga social que é a violência de gênero, que vitima milhares de mulheres neste País”.
No discurso, ele ainda traçou um paralelo dessa situação com o cenário político atual, em que nem a primeira presidente eleita do Brasil escapa de agressões e ataques, inclusive com o uso de palavras de baixo calão e machistas.
“Essa violência política praticada contra Dilma não serve ao País nem ilustra a nossa democracia. A estatura política da oposição pode emergir das urnas em outubro e não do tapetão por meio do qual quer apear uma mulher legitimamente eleita e contra a qual não pesa qualquer acusação que lhe macule a honra”, declarou.
Para ele, Dilma, que já foi presa covardemente pelo Estado e torturada pelos agentes estatais no período da ditadura militar, não merece esse tipo de violência política a que vem sendo submetida.
“É uma campanha engendrada em várias frentes – política, jurídica, midiática – sem se atentar para o fato de que se está vitimando o País com essa crise alimentada diuturnamente por gente interessada nas satisfações de seus caprichos eleitorais”, disse.