Crise política pode afetar recadastramento biométrico

Antônio Assis
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Procura para recadastramento está aquém do esperado em Pernambuco (Foto: ABr)

Alex Ribeiro
Blog da Folha

A Operação Lava Jato provoca tanto desgaste a classe política, que muitos eleitores estão perdendo o interesse de exercer o direito do voto. O efeito negativo está sendo comprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE–PE). Até o dia 31 de março, os eleitores de 22 municípios do Estado terão que realizar o recadastramento biométrico, contudo, em alguns locais, a procura pelo novo registro está aquém do esperado.

No município de Olinda – que está incluso nestes 22 municípios, até ontem, somente 52,5% dos eleitores realizaram o recadastramento. “Por conta da crise política de representatividade que está ocorrendo, o eleitor está demorando a fazer o cadastro. (…) A gente está lutando por 80% (do recadastramento), abrindo sábado, domingo e feriado. Abrimos mais postos e estamos contando com a ajuda do Exército”, comentou o presidente da comissão de Biometria do TRE-PE, Eduardo Lucas.

Para ajudar no registro, a Comissão de Biometria de Pernambuco (Coimb) realizou uma vistoria nos principais postos do recadastramento biométrico de Paulista e Olinda, atendendo pedido do presidente do TRE-PE, desembargador Antônio Carlos Alves da Silva. Foram visitados os postos no Shopping Norte Way em Paulista e os postos do Expresso Cidadão, do Varadouro, da Central de Bairro Novo e do Fórum em Olinda. O Exército começou a colaborar com o processo no final de fevereiro.

“Alertamos que o não recadastramento pode ocasionar em problemas com programas como o Bolsa Família e até com passaportes. (…), A gente começou a dizer isso para o povo se antenar que o título não é só para votar, que pode impactar em outros documentos, na vida civil daquela pessoa”, relatou Lucas.

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