DE VOLTA AO PODER - MARISA GIBSON

Antônio Assis
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O número de pessoas que foi ao Palácio das Princesas para a posse de João Campos (PSB) na chefia de Gabinete do governador Paulo Câmara é um indicativo de que os Campos voltaram ao poder. O Salão das Bandeiras foi pequeno para receber a velha geração dos tempos do ex-governador Miguel Arraes, dos mais jovens que trabalharam com o ex-governador Eduardo Campos e da juventude que acompanha o governador Paulo Câmara. A Praça da República foi fechada.

Filho de Eduardo e de Renata Campos, o primeiro desafio de João, no entanto, é não ofuscar o governador e os secretários. Ele é a nova estrela do Palácio das Princesas. E vejam só: já treinado para agradar, uma boa parte do seu discurso foi destinado a saudações às autoridades, deputados, citados nominalmente, parentes e amigos, enquanto o final foi dedicado a uma prolongada sessão de agradecimentos. Tal pai, tal filho.

Mas, antes que a plateia pensasse nessa comparação, João apressou-se em dizer que não será um novo Eduardo. Quer construir o seu próprio caminho, assinalou. Bem, os tempos são outros, a Internet mudou a forma de fazer política, mas para se manter ou voltar ao poder os requisitos são os mesmos de sempre: carisma, força política e recursos financeiros para as campanhas. E, se a oposição no estado pensa em tirar o PSB do poder é preciso se organizar.

Terminada a solenidade, deputados e auxiliares do governo repetiam que o discurso de João tinha sido maior do que o cargo no qual foi empossado. Se a oposição vacilar…

Foto: Rafael Martins/DP

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