Lava-Jato apura suposta propina a presidente da CCJ

Antônio Assis
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Vinicius Sassine
O Globo

Ao ser detido, assessor disse que R$ 106 mil em espécie eram destinados ao deputado

Um dos inquéritos da Operação Lava-Jato em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga suposto pagamento de propina em espécie ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Já houve, inclusive, um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) de condução coercitiva do ex-assessor parlamentar Jaymerson José Gomes de Amorim, que foi o responsável pelo transporte do dinheiro.

O STF autorizou a quebra de sigilo de dois celulares e um tablet do ex-auxiliar do deputado. Quando foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas em São Paulo com R$ 106,4 mil nos bolsos do paletó, em fevereiro de 2012, o então assessor de Arthur Lira declarou aos policiais que o dinheiro se destinava ao deputado, conforme documento enviado pela PGR ao STF.

A suspeita investigada é de que a propina tenha sido paga após desvio de verbas da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal vinculada ao Ministério das Cidades e controlada pelo PP. Os documentos da investigação estão sob sigilo. Além do presidente da CCJ, o inquérito investiga o pai dele, o senador Benedito de Lira (PP-AL). Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef confirmou a história e disse que o dinheiro encontrado com o assessor é fruto de propina por suposto esquema na CBTU.

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