AÉCIO E ALCKMIN ESTARIAM UNIDOS POR APOIO AO PSB

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - O senador Aécio Neves e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, estariam com um propósito em comum na eleição de 2016, o de assegurar o apoio do partido à reeleição do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). A informação é da coluna Radar, de Veja.

Os dois tucanos têm pretensões de se candidatarem à presidência da República, em 2018, e querem atrair o PSB para seu projeto político. Aécio é próximo da seção pernambucana da sigla desde que Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, manifestou apoio ao parlamentar mineira no segundo turno da eleição presidencial em 2014. O presidente nacional do PSDB também tem o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), como aliado.

Alckmin tem como vice um dos principais caciques do PSB, Márcio França. O partido é apontado como possível destino do governador caso não consiga ser candidato ao Planalto pelo PSDB.

Recife é a principal capital a ser disputada pelo PSB em 2016. Para o partido sobreviver, seria fundamental manter o governo no Estado que foi sua “sede” desde Miguel Arraes e, depois, com Eduardo Campos, seu neto, e a prefeitura da capital.

Para conseguir apoio do PSB, os tucanos querem impedir a candidatura a prefeito do deputado federal Daniel Coelho a prefeito do Recife. Coelho pode mudar de sigla caso tenha a postulação barrada. O parlamentar é visto dentro do PSDB como o nome ideal para disputar o pleito. Em sua primeira disputa, conseguiu um desempenho além do esperado, ficando em segundo lugar, com 27% dos votos, em 2012.

Na época, o tucano disputou a eleição com adversários conhecidos no estado, como o atual senador Humberto Costa (PT), e o atual deputado federal Mendonça Filho (DEM), que já haviam disputado cargos do Executivo. Descolar o PSDB da sua imagem, sem aparecer ao lado de cabos eleitorais, foi a principal estratégia do tucano para alavancar na disputa, também foi usada na campanha de 2014, e que deu certo. 

Em entrevista à imprensa local, neste mês, o vereador André Régis já afirmou que a candidatura da Daniel é irreversível. Segundo matéria publicada pela Folha de Pernambuco, no último dia 12, ele disse que “o PSDB precisa se descolar rápido do PSB, pensando num projeto político-partidário com candidaturas a prefeito em 2016 e a governador em 2018″.

“O PSB, hoje, não tem identidade. Não é um partido que esteja em condições de firmar aqui no Recife um acordo de três anos na frente que justificasse uma retirada de candidatura nossa para um projeto de apoio ao PSB”, disse.

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