PSB afronta José Queiroz - Magno Martins

Antônio Assis
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A direção estadual do PSB resolveu, ontem, entregar à comissão provisória do PSB em Caruaru à deputada Raquel Lyra, filha do ex-governador João Lyra Neto e pré-candidata a prefeita do município. Mas estranhamente informa que não existe compromisso velado do partido com o projeto eleitoral dela.

Das duas, uma: ou o partido está mentindo e escondendo o jogo, para não criar animosidade com o prefeito José Queiroz (PDT), que passaria a perder o apoio do partido, a quem entregou a vice, ou Raquel caiu num grande conto da carochinha se mais tarde, quando o processo se afunilar, for obrigada a deixar o partido porque o seu comando resolveu continuar aliado a Queiroz.

Nenhuma voz ativa no PSB estadual, seja o governador Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, ou o presidente estadual, Sileno Guedes, desconhece a briga do prefeito com o grupo João Lyra, sem caminho de volta. Se até as paredes do Palácio sabem disso, por que então afrontar José Queiroz agora, que já sinalizou que pode apoiar um candidato do PSB, no caso o vice-prefeito Jorge Gomes?

Essa história de que candidaturas só serão discutidas em abril é uma grande mentira. A candidata do PSB a prefeita de Caruaru atende pelo nome de Raquel e tem sobrenome Lyra. Amigo da parlamentar, o governador Paulo Câmara já deixou isso muito claro. Raposa criada, José Queiroz fica agora muito à vontade para escolher o seu candidato excluindo quadros do PSB.

O confronto está criado. O Palácio e o PSB, que juntos são a mesma coisa, têm que assumir o ônus da decisão, porque quebraram um preceito elementar em política, que Marco Maciel usava muito: quem tem prazo não tem pressa. Se o PSB poderia muito bem deixar essa encrenca para abril, por que antecipou para agora? Queiroz entendeu o recado e vai cuidar de escolher um candidato que possa enfrentar a adversária socialista.

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