A direção estadual do PSB resolveu, ontem, entregar à comissão provisória do PSB em Caruaru à deputada Raquel Lyra, filha do ex-governador João Lyra Neto e pré-candidata a prefeita do município. Mas estranhamente informa que não existe compromisso velado do partido com o projeto eleitoral dela.
Das duas, uma: ou o partido está mentindo e escondendo o jogo, para não criar animosidade com o prefeito José Queiroz (PDT), que passaria a perder o apoio do partido, a quem entregou a vice, ou Raquel caiu num grande conto da carochinha se mais tarde, quando o processo se afunilar, for obrigada a deixar o partido porque o seu comando resolveu continuar aliado a Queiroz.

Essa história de que candidaturas só serão discutidas em abril é uma grande mentira. A candidata do PSB a prefeita de Caruaru atende pelo nome de Raquel e tem sobrenome Lyra. Amigo da parlamentar, o governador Paulo Câmara já deixou isso muito claro. Raposa criada, José Queiroz fica agora muito à vontade para escolher o seu candidato excluindo quadros do PSB.
O confronto está criado. O Palácio e o PSB, que juntos são a mesma coisa, têm que assumir o ônus da decisão, porque quebraram um preceito elementar em política, que Marco Maciel usava muito: quem tem prazo não tem pressa. Se o PSB poderia muito bem deixar essa encrenca para abril, por que antecipou para agora? Queiroz entendeu o recado e vai cuidar de escolher um candidato que possa enfrentar a adversária socialista.