Correio Brasiliense
Barulhos de bombas e tiros acabaram com a Marcha das Mulheres Negras, no início da tarde desta quarta-feira, na Esplanada dos Ministérios. Cerca de 10 mil pessoas participam do ato, que incluiu uma caminhada entre o Ginásio Nilson Nelson e o Museu da República, ao lado da Catedral de Brasília.
A Divisão de Comunicação (Divicom) da Polícia Civil informou que um policial militar reformado é suspeito de ter dado quatro disparos para o alto. A Polícia Militar, contudo, afirmou tratar-se de um policial civil. Seria o mesmo preso durante manifestações de estudantes em 13 de novembro, na Esplanada dos Ministérios, por estar armado.
O suspeito participa do acampamento em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Informações preliminares dão conta de que o homem foi encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).

A reportagem do Correio estava no local, quando policiais militares fizeram um cordão de isolamento em frente ao Congresso Nacional e a confusão começou no gramado. Pessoas começaram a correr e mulheres pediram calma.
A ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e deputada federal, Maria do Rosário Nunes, se pronunciou através de vídeo postado no Facebook. Segundo a deputada, o presidente do Senado, Renan Calheiros, foi informado de que "é uma falta de democracia impedir variados movimentos de aproximarem-se daqui".