Transporte coletivo, limpeza urbana e esgotamento sanitário lideram queixas aos serviços públicos

Antônio Assis
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Jaílson da Paz
Diário de Pernambuco

Recebo diariamente queixas dos leitores a respeito da qualidade dos serviços públicos. No topo, transporte coletivo, limpeza urbana e esgotamento sanitário. Entre uma e outra reclamação, leitores criticam a vagarosidade do poder público e das empresas concessionadas, mas percebo um aumento das críticas deles ao comportamento da população. No fim da tarde, ontem, um senhor pediu para eu escrever: “Anote aí, meu filho, tem muita gente cobra e muita gente que não colabora para melhorar a cidade”. Falou por uns cinco minutos e, por fim, pediu para manter o anonimato porque iria reclamar da vizinhança que ontem, no Ipsep, limpava a calçada e jogava o lixo na rede de esgoto. “Logo aqui, meu filho, onde basta um sereno para as ruas alagarem”. O argumento do senhor, aposentado e formado em saneamento, reforça dados da Compesa. A companhia afirma que a rede de esgoto é projetada para receber 99% de material líquido e 1% de sólido, o que está longe da realidade. Por mês, 11 toneladas de lixo chegam às estações de tratamento, desde fios de cabelo a fraldas descartáveis, preservativos, absorventes, pedaços de brinquedo, pneus. Apesar da queixa localizada, o senhor pediu para eu imaginar o alcance de atitudes semelhantes às de seus vizinhos repetidas em todo o município. “É uma tragédia, meu filho.” Tragédia, segundo ele, marcada pela assinatura de um poder público que, ao longo de décadas, pouco investiu em planejamento e em educação ambiental. Assino embaixo!

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