O SEGREDO DA LONGEVIDADE

Antônio Assis
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A diferença na longevidade de mulheres e homens se manteve estável ao longo dos séculosFoto: Getty Images

BBC Brasil

Assim que eu nasci, já estava predestinado a morrer mais cedo do que metade dos bebês na maternidade – uma espécie de maldição que eu praticamente não posso evitar. O motivo? O simples fato de ser homem. Só por isso, minha expectativa de vida é três anos menor do que a de uma mulher nascida no mesmo dia. 

Mas por que isso acontece? E será que é possível quebrar essa maldição?

Apesar de essa informação não ser novidade e estar há décadas desafiando médicos e cientistas, só recentemente eles têm conseguido obter algumas respostas.


Uma das primeiras teorias era a de que os homens viviam uma vida fisicamente mais extenuante e o corpo acabava cobrando o preço disso mais tarde. Mas se isso fosse verdade, hoje em dia a diferença na longevidade deveria ter caído, já que a maioria dos homens e das mulheres realiza os mesmos tipos de trabalho, muitas vezes sedentário.

Só que a diferença na expectativa de vida entre os sexos se manteve estável apesar das profundas transformações sociais dos últimos séculos. Tomemos o exemplo da Suécia: em 1800, a expectativa de vida no nascimento era de 33 anos para as mulheres e 31 anos para os homens; hoje, esses valores são 83,5 anos para elas e 79,5 anos para eles. Nos dois casos, as mulheres vivem cerca de 5% mais tempo que os homens.

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