MPPE devolve inquérito do Caso Camila e pede novas investigações à Polícia Civil

Antônio Assis
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Roberta Soares
JC Online

Como esperado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devolveu à Polícia Civil o inquérito que investigou a morte da estudante da UFPE Camila Mirelle Pires da Silva, 18 anos, que morreu ao cair de um ônibus que fazia a linha Barro-Macaxeira, em maio, na BR-101, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. O promotor criminal Eduardo Henrique Tavares de Souza pediu novas diligências ao delegado do caso, Newson Motta, da Delitos de Trânsito. Entre os pedidos, uma nova ouvida do motorista João Martins de Oliveira, 30 anos, que dirigia o ônibus no momento do acidente. O objetivo: tentar materializar de alguma forma a chamada responsabilidade solidária da Empresa Metropolitana, que opera a linha, e do Grande Recife Consórcio de Transporte, gestor do sistema.

A co-responsabilidade de terceiros não foi identificada pela Polícia Civil, mas terminou sendo apontada pela perícia criminal ao identificar que o sistema de trava das portas do coletivo (conhecido como anjo da guarda) estava desativado e, mesmo assim, o ônibus tinha sido liberado pela empresa para operar normalmente. Além disso, o perito criminal Sérgio Almeida também constatou que a prática de desativar o sistema de anjo da guarda era comum, sendo verificada em um segundo veículo periciado da empresa. Mesmo assim, o delegado Newson Motta indiciou apenas o motorista, por homicídio culposo (sem intenção).

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