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Radson André, de 36 anos, morador do município de Paulista, reaprendeu a viver. Em 2002, ele era funcionário de uma fábrica de biscoitos e, quando tirou férias, saiu para encontrar seu filho. O meio de transporte utilizado era uma bicicleta e, no meio do caminho, foi atropelado por um ônibus. O rapaz entrou em coma, permanecendo neste estado por 28 dias, internado no Hospital da Restauração. Ao receber alta, ele recuperou a consciência, mas sua memória estava zerada.
De lá para cá, foram 10 anos andando de muleta, oscilando entre esquecimentos e lembranças vagas. Apenas em 2012, ele voltou a andar e, neste sábado (26), comprovou sua trajetória de superação ao participar da prova de 10km da Maratona Internacional Maurício de Nassau. Mais uma barreira ultrapassada pelo corredor, que começou nas pistas há um ano, agregando nove medalhas e um troféu.

Na maratona, ele estava acompanhado pelas duas pessoas responsáveis por incentivá-lo, desde o começo de seus treinos, a incluir as corridas em sua rotina: Dora Amaral, colega de trabalho de Radson em escritório de contabilidade, e Júlio César, dono de uma academia em Paulista. “Eles me ajudaram a superar todos os obstáculos. Dora sempre me aconselhou a praticar esportes e Júlio fez todo o trabalho de recuperação física que precisei. Sem eles, eu não estaria competindo. É um orgulho entrar na pista ao lado deles”, comemorou o atleta.