Luiz Filipe Freire
Folha-PE
A realização de prévias carnavalescas no Sítio Histórico de Olinda passou a ser alvo de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo é discutir com a prefeitura, com a Polícia Militar (PM) e com as agremiações a regulamentação dos eventos, o que inclui definições sobre horário de início e de término e público esperado. A medida prevê, antes de tudo, que o poder municipal e a Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATur) sejam avisados oficialmente sobre as festas, podendo estar preparados para reforços no efetivo, na fiscalização e na estrutura. Uma audiência pública com o assunto em pauta está marcada para o dia 29 de setembro.
A discussão foi provocada após a recomendação do MPPE de que a Troça Carnavalesca Mista Pitombeira dos Quatro Cantos não realizasse ensaio no último dia 7, sob a alegação de que a PM só tinha tomado ciência da festa por meio das redes sociais e que, como o efetivo operacional "não é suficiente para cobrir evento de grande porte no Sítio Histórico", seria necessário "planejamento" e "solicitação de reforço". Ainda de acordo com portaria publicada no Diário Oficial do Estado, a CIATur afirmou que, em anos anteriores, eventos promovidos pela agremiação "sem pedido de autorização à Prefeitura" reuniram muita gente, "tendo culminado em baderna, arrastões, brigas, confusões e até disparo de arma de fogo".
Na semana passada, entretanto, quando ainda comunicava a participantes e interessados no desfile sobre o caso, a Pitombeira dos Quatro Cantos ressaltou que o evento é realizado há 15 anos e que nunca havia sido necessário enviar qualquer tipo de notificação.