Lixo acumulado faz praia de Olinda parecer um aterro sanitário

Antônio Assis
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G1 PE

Parece um aterro sanitário, mas é uma praia. Em Rio Doce, Olinda, o volume de lixo espalhado pela areia espanta moradores, comerciantes e turistas, como mostrou o NETV 1ª Edição deste sábado (5). Onde tem areia, tem sujeira. O trecho vai do fim das pedras de contenção do calçadão até a imagem de Iemanjá, no limite entre Olinda e Paulista.

A maré ajuda a trazer para a orla os dejetos. Normalmente, lixo doméstico das residências e estabelecimentos comerciais que desce em direção à praia . A população não entende como a situação chegou a esse ponto. “É horrível. Não dá vontade de entrar na água”, comentou a pizzaiola Gilvanete Monteiro.

A funcionária pública Edna Costa mora perto e levou os netos pra brincar no mar, mas não teve coragem de usar roupa de banho. "Meus netos vieram passar uns dias comigo. Infelizmente tenho medo de pegarem uma doença”, disse.

Para tentar reverter este quadro, moradores criaram a Associação Coletivo Amigos da Praia para cuidar da preservação e da convivência. Nesta área, o lixo é uma das principais preocupações. “A gente vem constantemente apelando à Prefeitura, fazendo solicitações e ofícios. Pedimos sempre que faça a manutenção da praia”, relatou Artur Araújo, integrante da associação.

O barraqueiro João Ramos junta e recolhe boa parte do lixo. “A gente limpa porque precisamos ganhar nosso pão. Assim ninguém vai querer chegar na barraca”, afirmou.

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