Kilber levou o bronze no Parapan de Toronto como coordenador da seleção feminina de basquete. Foto: Arquivo Pessoal
Diego Toscano
JC Online
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Pouco menos de 17 anos depois do acidente de carro que acabou com a sua carreira de árbitro, Kilber Alves se reinventa mais uma vez. Em agosto, o ex-juiz aspirante à Fifa foi o coordenador da seleção feminina de basquete em cadeira de rodas no Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Desde o fatídico 28 de outubro de 1998, quando cochilou na BR-101, bateu o seu automóvel em árvores e perdeu parcialmente o movimento das pernas, Kilber nunca desistiu de viver dos esportes.

A entrada do ex-árbitro no esporte foi por acaso. Em uma apresentação do basquete em cadeira de rodas das equipes da Associação Desportiva de Deficientes Físicos de Pernambuco (ADDF-PE) e da Associação de Basquetebol para Deficientes Fisícos (ABDF), em uma instituição em que Kilber era professor de educação física, um dos atletas faltou. E ele foi convidado para ser o substituto. “Nunca tinha subido em uma cadeira de rodas, e claro que fui muito mal. Quando eles iam para o ataque, eu estava voltando para a defesa (risos). Depois, me convidaram para jogar. Relutei um tempo, mas depois concordei”, disse.
Sem vocação para ser jogador, Kilber acabou se tornando o treinador da ADDF e levando a equipe novamente para a elite do basquete em cadeira de rodas no Brasil, na primeira divisão nacional, em 2013.
