Aliança entre PSB e PCdoB abalada em Olinda

Antônio Assis
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Sávio Gabriel
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A oficialização da pré-candidatura de Antônio Campos à Prefeitura de Olinda, confirmada pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, sinaliza uma possível ruptura na aliança entre o PCdoB (que governa a cidade há 14 anos) e o PSB, com probabilidade de impactar, ainda, na parceria dos dois partidos na gestão do Recife e no governo do estado. A presidente nacional da sigla comunista, a deputada federal Luciana Santos, deixou claro que o rompimento não é um desejo político, mas ressaltou que todos os desdobramentos “ficam em aberto” e que “a cada novo fato, uma nova leitura é feita”. 
Conhecido como Tonca, Antônio Campos é irmão do ex-governador Eduardo Campos. 

“A expectativa que temos é de convergência, até porque é uma aliança histórica e vamos persistir nisso”, disse Luciana. “Não temos como interferir nas candidaturas dos outros partidos. Na relação política, é preciso que as coisas que nos unem possam estar sempre na pauta”, acrescentou. 

Cotado para ser o candidato do PMDB no município, o deputado estadual Ricardo Costa vê democraticamente a oficialização do nome de seu provável adversário no pleito do próximo ano. “Tonca tem que disputar o espaço que ele acha que é dele. Ele é um socialista de carteirinha”, pontuou, afirmando que sua indicação é importante para “oxigenar o debate político na cidade”. 

A deputada estadual Teresa Leitão (PT), que também é vista como candidata do partido ao pleito, avaliou que Antônio Campos “conseguiu se impor dentro do PSB”. “Ainda estava havendo reticências em relação à candidatura dele, mas, como ele estava em plena campanha, já era esperado”.

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