Sem maternidades, crianças de Paulista nascem em outras cidades

Antônio Assis
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Com cerca de 300 mil habitantes, população de Paulista tem aumentado, mas ainda não há maternidades
Foto: Edmar Melo/JC Imagem

NE 10

As mulheres que residem no município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), precisam se deslocar para outras cidades para poderem dar à luz. O motivo para isto é que há cerca de dez anos não há maternidades públicas na região. Já as unidades privadas surgem e desaparecem com tanta rapidez que não chegam se firmar como centro obstétrico da localidade. Esta situação gera um fato atípico: os cartórios do município não têm registrado novos paulistenses. 

De acordo com Fernanda Nunes Batista, escrivã do 1º Cartório Civil de Paulista, localizado no Centro da cidade, mais de 95% das mais de 1.700 crianças registradas mensalmente no local são naturais de municípios vizinhos, como Recife, Olinda e Abreu e Lima, todos no Grande Recife. “Os bebês nascem em outras cidades e como os pais têm residência em Paulista podem registrar aqui, mas a naturalidade não pode ser alterada e as crianças não são paulistenses”, explicou ela.

Ainda de acordo com Fernanda Nunes, os poucos casos que ainda constam como registro de crianças nascidas no município são referentes à ordens judiciais que comprovam os partos em casa. Além desta situação, há ainda aqueles que nasceram nas poucas cirurgias que são realizadas no Hospital Central de Paulista, instalado há mais de 30 anos às margens da Avenida Rodolfo Aureliano, no bairro da Vila Torres Galvão.

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