Repertório mescla canções e poemas. Foto: Alexandre Moreira/Divulgação
Luiza Maia
Diário de Pernambuco
Este é um ano de gratidão para Maria Bethânia. Consagrada como uma das principais intérpretes da música brasileira, a cantora baiana comemora os 50 anos de carreira com incontáveis tributos, como a emocionante cerimônia do 26º Prêmio da Música Brasileira e o enredo da escola de samba Mangueira - Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá - desenvolvido para 2016.
Na próxima quinta-feira, estreará no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, a exposição Maria de todos nós, com obras de vários artistas, projeções em vídeos, arquivos de áudio, fotografias, cadernos de joias, bordados e entalhes feitos por ela distribuídos em 12 salas. Até o fim do ano, será lançado o livro-DVD de Bethânia e as palavras, recital que abriu a Festa Literária de Pernambuco (Fliporto), em 2012.
A turnê Abraçar e agradecer é o presente da artista para os fãs. Em roteiro assinado por ela, direção e cenografia de Bia Lessa e produção musical de Guto Graça Mello, Bethânia entrelaça, em trajes dourados, durante quase duas horas divididas em dois atos, 41 canções e oito textos dela, de Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Waly Salomão e outros.
Compositores importantes na trajetória dela, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Gonzaguinha e Roque Ferreira foram selecionados, além de outros mais jovens, como Leandro Fregonesi, Márcia Siqueira e Flávia Wenceslau, e os pernambucanos Luiz Gonzaga (Qui nem jiló, com Humberto Teixeira), Dominguinhos e Nando Cordel (Gostoso demais).