Clamando por justiça, família de Lucas Lyra cria petição online para que acusado seja julgado

Antônio Assis
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Até hoje, Lucas Lyra vive numa cama de hospital. Família pede agilidade no processo

Super Esportes
Diário de Pernambuco

Não há nada pior do que a sensação de injustiça, a perda de credibilidade do Poder Judiciário por parte dos cidadãos. E se há algo que faz com que uma família vítima da violência perca a crença na Justiça é a lentidão processual que assola os tribunais de nosso país. É assim que tem se sentido o núcleo familiar de Lucas Lyra, baleado na cabeça em frente ao estádio dos Aflitos, no dia 16 de fevereiro de 2013. Até hoje, José Carlos Feitosa Barreto, acusado de atirar, ainda não foi ao Tribunal do Júri. Por isso, foi criada uma petição online, para tentar chamar a atenção para a morosidade do caso.
A petição pode ser subscrita neste endereço. Uma página no Facebook foi criada para ajudar a divulgar a petição: “Somos todos Lucas Lyra”. 

“Nós nos sentimos de mãos atadas, sem entender porque o acusado ainda foi julgado”, queixou-se a tia da vítima de tentativa de homicídio, Ana Cláudia de Oliveira. Segundo ela, a intenção dos familiares é fazer com que a mobilização “sensibilize a Justiça”, para que José Carlos, finalmente, responda pelo que crime do qual é acusado. O fato de o réu responder ao processo em liberdade, enquanto “Lucas está até hoje preso numa cama”, diz ela, é o que causa maior indignação à família.

A petição já conta com 1.046 assinaturas. E a expectativa é de chegar a duas mil, para, assim, levar ao Poder Judiciário.

Andamento do processo
No dia 6 de abril de 2015, o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti, da Primeira Vara do Tribunal do Júri Capital, proferiu a sentença de pronúncia - quando o magistrado entende que o acusado deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa de José Carlos Feitosa Barreto, entretanto, impetrou recurso, o que retardou o agendamento da audiência do Júri. No último dia 10 de junho, o juiz do caso acolheu os “embargos de declaração”, corrigindo um erro na decisão de pronúncia. Este equívoco, contudo, não compromete a decisão e sua correção é suficiente para dar seguimento ao processo. A data da audiência do Júri, porém, ainda não foi definida.


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