Rei do Baião, Gonzaga lançou chamegos, seridós, toadas, xotes e músicas de vários outros ritmos. Foto: Arquivo/CB/D.A Press
Luiza Maia
Diário de Pernambuco
A disputa oficial pelo primeiro forró lançado tem dois protagonistas. Forró na roça, de 1937, canção do cearense Xerém e Manoel Queiroz, está em um disco de cera do acervo do pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo e é defendida como pioneira pela Associação Cearense do Forró. Forró de Mané Vito, de 1950, composta por Luiz Gonzaga e Zé Dantas, é sustentada pela Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-serra e Ai.

A consolidação gradativa dos ritmos pode ser claramente diagnosticada através dos discos lançados pelo principal responsável pela difusão da música nordestina em meados do século 20. Na internet, no portal Luiz Lua Gonzaga (www.luizluagonzaga.com.br), mantido pelo colecionador e pesquisador Paulo Vanderley, as canções são separadas por ano e podem ser escutadas em streaming.
As relíquias podem ser ouvidas também na Fonoteca da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), na Avenida Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte. O acervo conta com mais de 14 mil discos e alguns dos primeiros registros de Nelson Gonçalves, Camarão, Jackson do Pandeiro, Claudionor Germano e Jacinto Silva, além do Rei do Baião. Os visitantes podem até solicitar cópias gratuitas dos álbuns, diariamente, das 8h às 12h e das 14h às 18h.