Animais do mini-zoológico do Parque 13 de Maio não serão mais transferidos

Antônio Assis
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Geison Macedo
Folha-PE

Os animais do mini-zoo situado no Parque 13 de Maio, na área central do Recife, não serão mais transferidos. A decisão foi tomada na última terça-feira em uma audiência pública, onde as partes envolvidas na discussão, entre eles o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente municipal, apresentaram pareceres favoráveis à manutenção dos bichos no espaço. Segundo os laudos, não foram constatadas irregularidades no tratamento dos animais, que corriam risco de morte caso houvesse a transferência para outro espaço.
As boas condições do local foram constatadas in loco pelo promotor Ricardo Leite, que no mês de abril havia determinado o fechamento do mini-zoo. “Eu estive domingo retrasado e tive a melhor das impressões em relação à conservação dos animais. Houve consenso, uma unanimidade, que a retirada causaria traumas e até a morte dos animais, além da dificuldade que seria de encontrar um local melhor”, explicou o magistrado, responsável pelo caso. 
De acordo com o promotor, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) terá um prazo de 10 dias para que as melhorias solicitadas sejam realizadas. “Exigimos que a reforma de duas gaiolas, com a ampliação e pintura delas, além da troca de algumas grades e canos que estão precisando de manutenção”, disse. Caso os reparos não sejam iniciados, o promotor informou que poderá acionar a Prefeitura do Recife na Justiça.
Fechamento
Após decretar o fechamento, no mês de abril, o MPPE havia fixado um prazo de 180 dias para que os animais fossem transferidos. Na ocasião, o promotor Ricardo Coelho, responsável pelo caso, informou que, além da lei que proíbe a permanência de animais silvestres, selvagens e exóticos em praças e parques do Estado, havia também a falta de licenciamento do Ibama, o que caracterizaria a permanência dos animais como crime ambiental.
Outro fator levado em consideração para a decisão do fechamento foram as manifestações de interesse da população em relação aos animais, que, durante o mês de fevereiro, ajudou a circular na internet uma petição com o objetivo de chamar a atenção sobre as condições que os animais estavam vivendo. Atualmente o espaço conta com cerca de 65 animais vivendo em cativeiro, entre pássaros, macacos-prego e patos.

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