Era pra ser um dia de festa ou, ao menos, de uma despedida honrosa ao sonho do hexa da Copa do Mundo. Era. O Bairro do Recife, refúgio dos torcedores apaixonados – não só do Brasil, mas de outras nações que também acompanharam os seus países no telão da Fan Fest – viveu momentos totalmente opostos ao clima amistoso do Mundial.
FERNANDO BARROS E IRCE FALCÃO/AMBOS DA FOLHA PE
Para abrigar todo o público de maneira confortável, a Fan Fest do Cais da Alfândega limitou aentrada dos torcedores, fechando suas entradas quase uma hora antes de o jogo começar, quando foi atingida a capacidade de cinco mil espectadores. A Prefeitura do Recife instalou ainda um telão na avenida Rio Branco no intuito de evitar aglomerações, dividindo a população.

Na ocasião, um policial ficou ferido após ser derrubado do cavalo, que escorregou, e foi removido de ambulância. Patrulhas que estavam em ação no Coque e bairros próximos foram deslocadas para reforçar a segurança. Apesar de todo o alvoroço causado, não houve detidos.
O ambiente no Cais da Alfândega fez jus ao nome do evento que sedia. A Fan Fest proporciona celebração, independentemente do resultado do jogo a ser exibido. Evidentemente que a multidão presente se preparou para uma festa em verde e amarelo. E os seguranças tiveram que redobrar a atenção. Afinal, apesar da chuva que caiu na cidade, não faltaram torcedores.
Aqueles que levaram bebidas em garrafas de vidro só entraram no espaço após despejarem o líquido em garrafas plásticas. Havia pontos de trocas de garrafas nas três entradas da Fan Fest. Porém, diferentemente do que ocorreu na avenida Rio Branco, não houve registros de confusões. O que de mais grave aconteceu foi um princípio de tumulto, logo contido pelos policiais militares. O placar do jogo ajudou a manter o controle. Afinal, a cada gol que a Alemanha fazia, mais e mais torcedores deixavam o local, enquanto a festa ia, aos poucos, chegando ao fim.