Selma, a dono do coco

Antônio Assis
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Lenne Ferreira
Diario de Pernambuco


A voz e a locomoção comprometidas pela idade não foram capazes de afastar dona Selma do Coco dos palcos. Aos 84 anos, a rainha do ritmo que virou seu sobrenome, completa 60 anos de carreira. Ao lado das netas, Selma, que é uma das homenageadas do São João do Recife, faz planos de gravar CD novo. “A música é a minha alegria”, diz, soltando a gargalhada que eternizou a canção A rolinha.

Um dos endereços mais conhecidos de Guadalupe, em Olinda, a casa dela é ponto turístico. Patrimônio Vivo desde 2005, a cantora e compositora precisa de auxílio para se levantar da cadeira e subir escadas, mas não perdeu o gosto pela música.

Natural de Vitória de Santo Antão, a coquista vive em Olinda há mais de 50 anos, onde criou quatro dos 14 filhos. O marido morreu quando ela morava na Mustadinha. Nunca se casou novamente e vendeu tapioca na Sé para educar os meninos. Selma relembra que vendia a iguaria cantando os cocos que aprendeu nos sítios da infância.

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