Jornal do Commercio
Após o rompimento com o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia (PSB), a sua vice, Edna Gomes (PSD), tem se esforçado em apresentar denúncias. Enriquecimento ilícito, desvio de recurso e irregularidade em licitação estão no rol de acusações. “O Cabo é palco de uma administração que não preserva o dinheiro público”, atacou Edna, que é ligada ao ex-prefeito Lula Cabral (PSB), também rompido com Vado, em entrevista à JC News.
Segundo ela, existem “50 denúncias” de desvio de recursos e enriquecimento ilícito no Ministério Público. Ela, porém, não soube entrar em detalhe. O JC entrou em contato com a assessoria do MPPE, que não conseguiu levantar os supostos processos contra o prefeito Vado da Farmácia.
“Quem tem o mínimo conhecimento já percebe que tem algo errado. Mas preciso de respaldo. A cidade tem portal da transparência, mas nem tudo está lá. (...) Eu venho há um ano observando tudo. Levei esse tempo para reparar que ele não escuta, é mal intencionado e mal assessorado”, criticou. O JC também entrou em contato com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao qual a vice-prefeita disse que procurou para pedir auditoria especial, mas até a sexta (6) não havia nenhum protocolo feito.
A Prefeitura do Cabo resolveu se pronunciar através de uma nota. No texto, sublinhou que “repudia” as “críticas e acusações inverídicas feitas pela vice-prefeita, que usa os veículos para denegrir a imagem do prefeito e sua equipe”. Ainda segundo a nota, Edna estaria adotando tal postura porque está “revoltada por ver seus interesses pessoais contrariados, como o de ver os seus cabos eleitorais nomeados”. “A atual gestão não teme qualquer fiscalização”, finalizou.