GUSTAVO LUCCHESI/BLOG DE PRIMEIRA
Com todos os holofotes voltados para a Copa do Mundo, bem que as torcidas organizadas tentaram, mas foram novamente derrotadas pela Justiça de Pernambuco nesta terça-feira (10). Proibidas de entrar nos estádios pernambucanos, a Torcida Jovem e a Inferno Coral (a Fanáutico não participou do pedido) entraram com um agravo de instrumento para derrubar a decisão liminar do juiz Edvaldo Palmeira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, mas não obtiveram sucesso.
O processo caiu na 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco e o desembargador Erik Simôes, responsável pelo caso, julgou o pedido nesta terça-feira (10). Ele decidiu negar provimento ao pedido e foi acompanhado pelos dois desembargadores presentes, com a decisão tendo votação unânime. A decisão se baseou em vários artigos do Estatuto do Torcedor.
Em conversa com o Blog de Primeira, o desembargador Erik Simôes explicou a decisão. “A decisão do juiz Edvaldo Palmeira foi acertada e resolvemos acompanha-lo. Ainda há muito que se fazer e não seria prudente ir contra a decisão anterior”, disse Erik.
Além disso, a decisão mantém o que foi ordenado pelo juiz Edvaldo Palmeira, que proíbe também, além da entrada das organizadas nos estádios, que os clubes doem ingressos para as uniformizadas, além de exigir que elas entreguem cadastros de seus integrantes.
Opinião do Blog – A negativa de hoje dada às organizadas é questão de obrigação. Não se trata de um garoto inocente que está de castigo, mas de um adulto de alta periculosidade que deve continuar preso. Quer dizer, é sabido que eles continuam indo aos jogos, porém, com menos regalias e espaço. A morte do torcedor Paulo Ricardo, assassinado no dia 2 de maio, é a maior prova que as uniformizadas não merecem perdão algum. Ou se merecem, não devo estar vivo para ver qualquer evolução.