Diario de Pernambuco
Dois dias após a desistência da vereadora Michele Collins em concorrer ao governo do estado, seu partido, o PP, ainda não decidiu a que chapa se integrará para as eleições desse ano. Nos bastidores, corre a notícia de que a sigla se juntará à coligação de oposição, comandada por Armando Monteiro (PTB). O presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte, disse, no entanto, que a definição só saírá no fim de maio ou início de junho e que uma aliança com a Frente Popular de Paulo Câmara não está descartada.

Outra liderança do PP no estado, o deputado estadual Cleiton Collins, marido da vereadora Michele Collins, sustentou o mesmo discurso. "O processo zerou e iremos ouvir nossas bases. Estávamos trabalhando no desenvolvimento de uma candidatura própria, mas a partir do momento em que vivemos uma nova situação, vamos trabalhar para que o PP esteja em uma chapa onde possa ter voz ativa e possa contribuir com seus programas e projetos", acrescentou.
Apesar da indefinição, o pré-candidato ao Senado pela chapa de oposição, o deputado federal João Paulo (PT), acredita que o PP estará no palanque de Armando. "Creio que estamos muito próximos de fechar esta aliança. Historicamente, o PP possui uma proximidade muito maior com os ideais do PTB e do PT. Com essa decisão da vereadora, esperamos que esse processo de aproximação se consolide o mais rápido possível", salientou.
Já o vice-presidente estadual do PSB, o ex-secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, preferiu a prudência. "Na hora em que eles retiram a candidatura majoritária, temos um fato novo e é evidente que o presidente Eduardo da Fonte irá analisar a situação. Se o indicativo for fazer parte da Frente, claro que isso será visto com bons olhos pela importância do PP. Mas este é um momento de reflexão interna do partido e temos que aguardar o tempo deles", finalizou.