Diario de Pernambuco
Na primeira eleição geral com a vigência da Lei da Ficha Limpa, o Ministério Público (MP) terá mais trabalho na tarefa de barrar os candidatos com pendências na Justiça. A avaliação é do vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, que, por outro lado, destacou as ferramentas que estarão à disposição dos integrantes do MP para impedir as candidaturas dos fichas sujas. Um sistema digital, anunciado na semana passada e que estará disponível em breve, vai reunir dados sobre pessoas com fichas sujas e será compartilhado entre o MP e mais de 30 órgãos. O objetivo é tornar mais ágil as ações contra esses candidatos. A Lei da Ficha Limpa barra pessoas condenadas por órgãos colegiados, ou seja, compostos por mais de um juiz.
Outro ponto polêmico que está em discussão é o financiamento público de campanha. O STF está julgando uma ação que pede o fim das doações de empresas a partidos políticos e candidatos. O economista Gil Castello Branco, da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, defendeu a mudança. Ele disse que, nos últimos quatro anos, foram gastos R$ 9,5 bilhões com isso.