Mariana Almeida, Pernambuco 247 - A expectativa de ocupação hoteleira em Pernambuco durante a Copa do Mundo, em junho, está abaixo do esperado. A reserva de cerca de 10.232 leitos, equivalente a cerca de 70% das 14.618 vagas disponíveis, é pequena se comparada com a expectativa gerada pelo o evento, quando era aguardada a ocupação total dos hotéis. Dentre os motivos que teriam diminuído a movimentação hoteleira no Recife no período, está o funcionamento da malha aeroviária do Estado e o fato de que nenhuma seleção deve ficar hospedada em Pernambuco durante a Copa.

Além dos motivos apontados por Cavalcanti, o cancelamento das reservas realizadas pela Match Points, que havia pedido 12 mil leitos em Pernambuco também prejudicou a situação do setor. “Desde janeiro a Match Points cancelou 40% das reservas feitas para o Recife e todas as reservas feitas para o interior, porque simplesmente não teve demanda”, lamentou o presidente.
De acordo com Cavalcanti, a expectativa agora é de que, até a realização do mundial, Pernambuco consiga alcançar uma taxa de 80% na rede hoteleira, se igualando ao movimento normal para o período. “Geralmente, nessa época, Recife tem 80% da ocupação feita por empresários que realizam congressos na cidade. Entretanto, durante a realização da copa, ninguém vai fazer nenhum evento corporativo. Então, se essa taxa subir para 80% já consideraremos como um sucesso”, explicou Cavalcanti.
Para tentar aumentar a ocupação nos hotéis pernambucanos, ações estão sendo feitas tanto com os países das seleções que vão jogar em Pernambuco quanto com organizações turísticas do Nordeste. “Desde o começo do ano, estamos entrando em contato com os países dos locais das seleções que jogarão aqui, para apresentar a nossa rede hoteleira, e atrair o turista”, explicou o presidente.
De acordo com Cavalcanti, a rede hoteleira estadual também está tentando atrair o turista local, uma vez que cerca de 70% dos ingressos comprados para os jogos da Arena Pernambuco são de pessoas que estão em um raio de 250 quilômetros do estádio. “Como o brasileiro geralmente deixa tudo para a última hora, esperamos que o nível da ocupação ainda tenda a aumentar”, afirmou o presidente, acrescentando que estão sendo feitas parcerias com órgãos turísticos do Nordeste.
No interior, a situação dos hotéis também não é das melhores. “Em Porto de Galinhas, a ocupação está em torno de 60% nos dias de jogo, e 55% no resto do mês. Já em Gravatá, a única ocupação alta durante os jogos está no dia que coincide com as comemorações do São João. E é o São João que está impulsionando as ocupações, não a copa”, lamentou Cavalcanti.