Diario de Pernambuco
Foi concluída às 2h05 desta quarta-feira, a apuração dos votos da eleição do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitanas da Mata Sul e Norte (STTREPE). Após 20 horas de votação, com 1.109 votos , a chapa 3, encabeçada por Benilson Custódio, venceu a disputa.
A nova gestão vai assumir o sindicato da categoria pelos próximos cinco anos, a partir de 24 de dezembro deste ano. Atualmente, a classe conta com uma média de 12 mil trabalhadores. A chapa 1 teve 399 votos (17,25%), a chapa 2, 709 (30,65%). Foram registrados 10 votos nulos e 96 em branco.
A apuração das urnas foi feita nas primeiras horas do dia pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, mediador de todo o processo eleitoral. Ao todo, 2.323
dos 3405 trabalhadores aptos a votar, manifestaram-se nas urnas. Outros 1.082 trabalhadores falatam à eleição, que teve o quórum mínimo de validação do processo eleitoral, de 40% atingido, com a marca de 68,22%.
A votação teve início às 4 horas da manhã desta terça e foi finalizada à meia noite. Ao todo, foram 14 locais de votação, sendo um deles a própria sede do MPT e os demais em garagens das empresas.
De acordo com o MPT, a apuração transcorreu com tranquilidade e foi acompanhada por servidores e procuradores e pelos representantes das chapas, além de policiais federais. O procurador-chefe do MPT em Pernambuco, José Laízio Pinto Júnior, e os procuradores Renato Saraiva e Gérson Lima, atual coordenador nacional da Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical, conduziram a apuração.
Em algumas urnas foi verificada a permissão de eleitores votando com os crachás (com fotos) da empresa e com a carteira de sócio do Sindicato profissional. Foi decidido pela validade dos votos, sem prejuízo para as eleições.
Em uma das urnas um eleitor, ao receber instruções da mesa coletora, acabou votando em branco e, ao perceber o erro, votou em separado. Em audiência com representantes das chapas, no início da tarde desta terça, houve consenso de que o voto em separado não seria contabilizado e que o voto em branco seria anulado. A solução visou pela igualdade das chapas.
Toda a eleição foi realizada por meio de sistema eletrônico, desenvolvido pelo próprio MPT e já utilizado em São Paulo e Fortaleza. O método foi escolhido por eliminar qualquer possibilidade de fraude no processo, facilitando, inclusive, a apuração final dos votos.
A apuração e a totalização dos votos foram feitas imediatamente após o encerramento da votação, com a chegada do maquinário ao MPT. A contagem dos votos pôde ser acompanhada por um membro de cada chapa, da central sindical envolvida e respectivo advogado.