Após receber pauta de reivindicações de policiais e bombeiros militares, o líder da Oposição na Assembleia, deputado Sérgio Leite, do PT, sugeriu, nesta segunda (28 de abril), a criação de uma Comissão para participar das negociações entre a categoria e o Governo de Pernambuco.
Na última sexta (25), o petista e o deputado Pedro Serafim Neto, do PDT, receberam uma comitiva de militares. Eles vieram à Alepe após marcha que reuniu cerca de mil representantes da categoria, no Centro do Recife. Em seguida, os manifestantes foram recebidos pelo secretário da Casa Civil de Pernambuco, Luciano Vásquez. De acordo com Sérgio Leite, eles apresentaram pauta com 18 itens, inclusive demandas anunciadas por jovens policiais, por meio das redes sociais.
Entre as reivindicações, estão a entrega de kits de trabalho para todos os PMs e reajuste das gratificações para as variadas patentes, com base no risco de vida. A categoria também defende reajuste no vale-alimentação e atualização do Plano de Cargos. O militares ainda criticam a precariedade do Hospital da Polícia Militar e o atraso no pagamento de diárias.
O deputado pediu o apoio da Assembleia para ajudar na mediação e evitar conflitos, como vem ocorrendo em outros Estados. Ele afirmou que esta não é uma questão de governo ou oposição, mas de Estado, e é preciso empenho na busca de soluções.
Apartearam o pronunciamento do líder oposicionista os deputados Waldemar Borges, do PSB, Júlio Cavalcanti, do PTB, Alberto Feitosa, do PR, Daniel Coelho e Terezinha Nunes, do PSDB, além de Tony Gel, do PMDB.
O líder do Governo, Waldemar Borges, alertou que a pauta apresenta novas reivindicações, uma vez que os acordos mantidos anteriormente com a categoria estão sendo cumpridos. Júlio Cavalcanti ressaltou a importância de valorizar os militares para garantir a segurança pública. Alberto Feitosa defendeu a criação de uma comissão pluripartidária para solucionar o problema, e registrou avanços conquistados nos últimos anos.
Já o tucano Daniel Coelho disse que tem dedicado seu mandato também à defesa dos militares e pediu bom senso para avançar nas negociações. Já Terezinha Nunes e Tony Gel reconheceram a legitimidade das demandas, mas pediram que o movimento não seja radicalizado, a fim de garantir a segurança da população. (F.N.)