Folha-PE
O delegado de Proteção à Criança e ao Adolescente, Ademir de Oliveira, foi até o Hospital da Restauração (HR), apurar o caso do menor que acusou um maqueiro do hospital de tentar abusar sexualmente dele. Segundo Oliveira, nada do que foi dito pelo adolescente confere com as imagens obtidas. "Não é verdade o que rapaz falou. Assistimos toda filmagem das câmeras de segurança, conversei com enfermeiros e colegas do maqueiro acusado e todos desmentiram o suposto acontecido", declarou o delegado.

Entenda o caso
Um suposto caso de abuso sexual cometido por um maqueiro contra um adolescente de 17 anos dentro do Hospital da Restauração (HR) acabou na delegacia, na manhã desta terça-feira (1º). De acordo com o jovem, o funcionário tentou praticar sexo oral enquanto estava sobre a maca no setor de tomografia, após ser vítima de um acidente de moto.
“Ele ficou empurrando a maca comigo em cima até o momento em que parou no setor de tomografia, abriu meu zíper e começou a me acariciar. Foi então que chamei minha mãe. Aí, ele parou. Quando ela foi embora, o maqueiro tornou a me molestar. Por causa disso, dei um soco no rosto dele”, contou o adolescente.
Já o maqueiro negou a versão contada pelo adolescente. Segundo ele, o jovem teria sofrido um surto depois que acordou e descobriu que havia sofrido o acidente. “O paciente ficou pedindo toda hora para que trouxessem um espelho e chamassem a mãe dele. Eu trabalho aqui faz mais de 20 anos e nunca fui acusado de um absurdo desses”, disse o homem que também informou estar tranquilo, pois "há câmeras no local que captaram tudo".
Alguns pacientes que presenciaram tudo informaram à polícia que o maqueiro agarrou o jovem e só soltou depois que foi agredido. Após a confusão, ambos foram levados à Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), onde prestaram depoimento.
Confira a nota oficial do Hospital da Restauração, emitida logo após o caso:
A gerência administrativa do Hospital da Restauração, no uso de suas atribuições, decidiu devolver o maqueiro à empresa prestadora de serviços Soservi, em função de um suposto caso de abuso sexual praticado pelo mesmo a um menor internado no hospital. Ao mesmo tempo se coloca à disposição da polícia judiciária para colaborar com as investigações.