Nova vida para a casa de Clarice Lispector

Antônio Assis
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Anamaria Nascimento
Diário de Pernambuco


O sobrado colonial de número 387 na Rua do Aragão, com vista privilegiada da Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, quase não é percebido pelos transeuntes que caminham apressados pela rua ou por quem passa a tarde sentado procurando a sombra das árvores na praça. Um projeto realizado em parceria com a Santa Casa de Misercórdia pretende resgatar a memória do imóvel e fazer com que os olhos dos recifenses e de turistas se voltem para a casa. Foi lá onde a escritora Clarice Lispector viveu dos 5 aos 14 anos, entre as décadas de 1920 e 1930. O objetivo é transformar o imóvel de dois pavimentos num espaço cultural, com oficinas de arte e leitura, acervo da família Lispector, café e livraria. 

A sobrinha-neta da escritora, Nicole Algranti, está à frente do projeto há quase quatro anos. Ela tenta arrecadar recursos com financiadores de ações culturais em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde mora. A Santa Casa de Misericórdia cedeu o imóvel a ela, em comodato por tempo indeterminado. “Quando ela conseguir os recursos financeiros, o que está perto de acontecer, precisaremos iniciar uma reforma no sobrado”, explicou a diretora da Santa Casa, Rilane Dueire. Segundo ela, a casa está fechada desde junho do ano passado, quando foi invadida e depredada. Procurada pelo Diario, a sobrinha-neta da escritora não atendeu as ligações.