Do G1 PE
O desaparecimento da dona de casa Luciana Marcelino da Fonseca, 42 anos, no Rio Tejipió, revela a difícil situação da comunidade que mora no entorno do curso de água, refém de um jogo de empurra-empurra entre as prefeituras do Recife e Jaboatão dos Guararapes. Moradores das duas cidades relatam que nenhum dos governos assume a manutenção periódica do curso d'água e o lixo acaba se acumulando. A ponte que liga os bairros de Cavaleiro e Totó, trecho onde se concentram as buscas pela mulher, na tarde desta sexta-feira (14), também é alvo de críticas. Ela é estreita e cheia de buracos.
O eletricista Severino Mendes tem um ponto comercial na Rua dos Coqueiros, em Cavaleiro, bairro de Jaboatão. Ele conta que o rio não é limpo com frequência e, por isso, quando chove, a rua fica toda alagada. "No segundo semestre do ano passado, a água veio bater dentro da minha loja, que está mais de um metro acima do chão. É um absurdo. Pena que, mesmo limpando, o povo do lado de lá [do Recife] joga lixo nele", disse.