Mesmo com avanços, Pernambuco ainda tem baixos índices sociais

Antônio Assis
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Sérgio Roxo
O Globo

SÃO PAULO — Na próxima sexta-feira, quando renunciar ao cargo de governador de Pernambuco para disputar a Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) deixará um estado que registrou em seus sete anos de gestão avanços em áreas como a redução dos homicídios e mortalidade infantil, mas que ainda mantém baixos indicadores sociais. Pernambuco está no grupo dos piores em rankings nacionais de áreas como educação, saúde e abastecimento de água.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), referente ao ano de 2010, quando Campos já tinha quatro anos de mandato, mostra uma queda na posição do estado em relação a 2000. Caiu da 14ª para a 18ª posição entre os 26 estados brasileiros. O IDH mede o progresso de longo prazo levando em consideração renda, educação e saúde.
Também houve piora no ranking de analfabetismo. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, Pernambuco, que era o oitavo em 2005, passou a ser o quinto estado com mais analfabetos, com 13,61% da população nessa condição.

O Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) do Ministério da Educação também não mostra uma situação confortável. Entre 2005 e 2011 (último disponível), Pernambuco melhorou apenas uma posição (de 19º para 18º) no ranking dos estados, levando em conta os estudantes do 5º ano do ensino fundamental. No nono ano, houve melhora de sete posições, mas o estado ainda é o 20º do país. No terceiro ano do ensino médio, a melhora foi da 18ª para a 16ª posição.

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