Há algo errado no paraíso

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - Turistas e moradores do Arquipélago de Fernando de Noronha estão sofrendo com o um desabastecimento de água, que já dura três semanas e prejudica o comércio e a visitação da ilha. O fornecimento de água foi prejudicado após o açude do Xaréu, que abastece o arquipélago, ter secado. Sem a água proveniente do manancial, os dessalinizadores instalados estão sendo insuficientes para fornecer a água necessária para atender moradores e visitantes que chegam na alta estação da temporada turística. O rodízio imposto no abastecimento prevê um dia com água e outros nove sem. Um projeto para ampliar a capacidade dos dessalinizadores instalados no local deverá ser concluído em seis meses.
Diversos estabelecimentos tiveram que fechar as portas devido a pouca oferta de água disponível e muitos turistas chegam a usar as piscinas das pousadas para tomarem banhos devido à falta de água. A escassez e a demora para encontrar uma solução para o problema também provocou manifestações da população local. No último sábado, os moradores realizaram um protesto na BR-363, nas proximidades do Aeroporto, impedindo que os turistas deixassem o local. A vegetação das imediações do terminal foi atingida por um incêndio no domingo (9) e  existe a suspeita de que tenha sido provocado de forma intencional.

Um novo protesto poderá acontecer nesta quarta-feira (12), caso a situação não seja solucionada. De acordo com a Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa), que a situação é um reflexo da seca enfrentada pelo Nordeste, considerada a pior dos últimos 50 anos. De acordo com a companhia, não chove na ilha desde junho do ano passado. O racionamento imposto na ilha é de um dia de água para nove sem.
A Compesa informou que deve iniciar ainda em março um projeto para ampliar o sistema de abastecimento de água na ilha. O empreendimento, que está orçado em R$ 4,7 milhões, aumentará a capacidade dos dessalinizadores, que devem transformar mais água salgada em água potável. O projeto, feito de forma emergencial, deverá estar concluído em seis meses Atualmente, o abastecimento é feito exclusivamente com a água proveniente de uma bateria de quatro dessalinizadores instalados no local.

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