Catadores e ambulantes na luta por dinheiro extra nos dias de folia

Antônio Assis
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Diário de Pernambuco


Os quatro dias de carnaval são de festa, mas também de trabalho extra. Centenas de catadores de material reciclável e ambulantes tomam as ruas de Olinda e do Recife. Afinal, enquanto muitos foliões chegam na quarta-feira de cinzas com saldo negativo no bolso, os que trabalham nesses dias prometem sair com uma grana a mais para o mês.

É o caso dos irmãos Edmilson da Silva, 34 anos, e Janaína da Silva, 31, que trabalham quase 20 horas por dia e vendem a R$ 2,30 cada quilo de latas recolhidas pelas ruas. “Na quarta-feira de cinzas, conseguimos vender todo o material para uma cooperativa”, contou Edmilson.

João Carlos da Silva, 47 anos, e a esposa, Carla dos Santos, 43, chegam em Olinda às 5h, nos dias de folia, para catar latinhas. “Conto com a ajuda de alguns bares, que guardam as latas”, disse João. O casal consegue juntar uma média de 180 a 200 quilos de material reciclável.

A ambulante Emília de Melo, 32 anos, começa a trabalhar às 8h vendendo água, refrigerantes e cervejas. Ao final do dia, arrecada cerca de R$ 400. A rotina é a mesma já há alguns anos. “Mas esse ano, com a concorrência, as vendas não estão tão boas”, lamentou.

O pedreiro Wicles Marcs, 53, é outro que deixa de lado a profissão durante o carnaval para vender bebidas. “É muito cansativo, mas dá para ganhar dinheiro bem”, contou.

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