Josué Nogueira
Ao comentar sobre o futuro do PSDB pernambucano sem a presença – e o comando – do deputado Sérgio Guerra, o cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundaj, avaliou que o partido precisaria se reorganizar sobre um formato institucional e colegiado.
“O PSDB perdeu sua âncora. Vai deixar de ser o partido de Sérgio Guerra. Como não há um nome natural que suceda Guerra, as decisões agora deverão ser negociadas”, concluiu o cientista.
Pois bem. Sem o antigo dirigente – falecido na última quinta-feira – o PSDB começa a demonstrar que vai precisar de tempo até aprender a se portar como um colegiado.
Ao longo do fim de semana e nesta segunda-feira sobraram informações sobre desencontros.
O vice-presidente do partido, Bruno Araújo, afirma que as conversas estão acontecendo naturalmente.
No entanto, o que se comenta é que há insatisfações, inclusive, em relação às articulações que já teriam sido feitas por Araújo junto ao governador Eduardo Campos (PSB), cujo pré-candidato ao governo, Paulo Câmara, será apoiado pelos tucanos.
Araújo, que assumirá a presidência do PSDB interinamente, afirma que, pelo menos publicamente, desconhece descontentamento com sua conduta.
Ele informa que procurou conversar com todos os líderes, deputados e prefeitos sobre os passos que devem ser seguidos.
Disse que a meta primeira é reforçar as chapas proporcionais e zelar pelo compromisso assumido com no estado com o PSB.
No que diz respeito, à chapa para deputado federal, começam a aparecer notícias de que Helena Guerra, filha mais velha de Sérgio Guerra, poderia concorrer à Câmara, herdando o espólio do pai.
O deputado Claudiano Filho também estaria disposto a deixar a vaga na Assembleia Legislativa para tentar cadeira em Brasília.
Sobre Helena, as informações são desencontradas. Já a respeito de Claudiano, há quem garant que é projeto sem volta.
Observemos os próximos passos para ver se o PSDB-PE conseguirá se entender ou se a falta de Guerra abrirá um tempo de conflitos.