Nos 20 anos do Plano Real, parlamentares do PSDB criticam gestão do PT

Antônio Assis
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Agência Câmara


Em clima eleitoral, vários parlamentares do PSDB aproveitaram nesta terça-feira a cerimônia de homenagem aos 20 anos do Plano Real, no Congresso Nacional, para criticar os governos Lula e Dilma Rousseff.

Com o Plano Real, o País conseguiu reduzir a inflação, que chegou a 2.477% em 1993. Para 2014, a expectativa é de 6%.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) lembrou a oposição que o PT fez ao Plano Real e afirmou que o governo atual está colocando em risco o controle da inflação. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ressaltou que não adianta distribuir renda sem controlar os preços, porque a população mais pobre é quem sofre mais com a inflação.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que era ministro da Fazenda do governo Itamar Franco quando o plano foi lançado, participou da homenagem desta terça. Sem deixar as críticas de lado, fez um balanço inicial positivo das gestões do PT. "O Brasil avançou. O Brasil é hoje melhor do que quando eu deixei [a Presidência]; como quando eu deixei era melhor do que o presidente anterior. O Brasil vai avançando e é bom que avance”, afirmou, lembrando que aprendeu muito com os planos econômicos anteriores ao Real e que "a história não se faz do zero".
Fernando Henrique disse também que “é preciso tomar novos rumos” e o Brasil ainda está “com os olhos no passado”. Em sua opinião, o País continua apostando que as coisas irão mal e que poderá, juntamente com outros emergentes, levar o mundo adiante. Ele ressaltou, porém, que depois da crise de 2007/08 não houve o declínio do Ocidente, como muitos acreditavam, e que a economia dos Estados Unidos voltou a crescer.

O ex-presidente afirmou ainda que é necessário fazer uma reforma político-eleitoral e fez uma relação direta entre o grande número de partidos políticos e o atual número de ministérios, 39. Para ele, o Estado sozinho não vai dar conta dos investimentos de que o País precisa.

Também estavam presentes na sessão solene, realizada no Plenário do Senado, os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Franco; e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Edmar Bacha, que integrou a equipe responsável por desenvolver o Plano Real; e o presidente da Cemig, Djalma de Morais, que representou a família do ex-presidente Itamar Franco, falecido em 2011.

A cerimônia foi aberta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e teve ainda a participação dos senadores José Agripino (DEM-RN), Ana Amélia (PP-RS), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) , Romero Jucá (PMDB-RR), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Sérgio Petecão (PSD-AC), e do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP).

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