Danilo Aguiar
Folha-PE
Uma estudante de Economia sofreu um sequestro relâmpago na noite da última sexta-feira (31) ao chegar no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), prédio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, onde cursa a graduação. A jovem, que prefere não se identificar, ia participar da monitoria de uma das cadeiras do curso. Desacompanhada, ela foi abordada enquanto estacionava o carro dela ao lado do prédio.
Por volta das 18h30, um homem branco, alto e com cerca de 25 anos, que fingia falar ao celular, abordou a jovem e mostrou que portava uma arma, de calibre ainda não identificado. O criminoso mandou a jovem voltar para o veículo, dirigir pela avenida Caxangá e estacionar no primeiro posto de gasolina.
Após estacionar, ele ordenou que ela retirasse dinheiro em um caixa eletrônico do estabelecimento. A vítima entregou a quantia de R$ 500 reais ao sequestrador. Em seguida, os dois voltaram ao veículo. Ele deixou a jovem em uma comunidade próxima à UFPE, partindo com o veículo. No local onde foi liberada, a jovem foi amparada por moradores do local. Ela denunciou o caso aos policiais da Delegacia de Santo Amaro.
Apesar do susto, a estudante afirma que tudo aconteceu tranquilamente. “Ele me mostrou a arma para me intimidar, mas em nenhum momento apontou a arma em minha direção, nem me ameaçou de morte. Orei a Deus, pedi proteção e ele me liberou sem mais prejuízos”, revela. “Inclusive, o veículo foi encontrado hoje pela polícia, que já me devolveu”, destaca. Depois do ocorrido, a jovem postou em seu perfil no Facebook um alerta "para que os usuários fiquem atentos" ao trafegar pelos espaços da UFPE.
De acordo com a vítima, esse tipo de situação podia ser evitado se a segurança no campus da Universidade não fosse fraca. “A faculdade tem poucas viaturas fazendo a segurança interna, e ainda elas circulam poucas vezes pelos Centros”, reclama. Outro ponto fraco, segundo ela, é que os vigilantes não podem andar armados. “Como vão fazer a segurança dos estudantes e funcionários de lá se não têm nem como se defender?”, questiona.
Há ainda o problema com a iluminação da UFPE, “que é péssima, até mesmo em locais visados por assaltantes, como áreas com matos altos e o conhecido Laguinho”, destaca a estudante.