Chegar à Arena é desafio para turistas

Antônio Assis
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Alexandre Lyrio
Diário de Pernambuco

Para Marcel Proust, a vida é um labirinto de tempo, em que passado, presente e futuro se entrecruzam como trilhos. O tempo tem origem nas memórias, ensina Proust, “mas, para desfrutar da essência das coisas, é preciso achar-se fora dele”. Obviamente, o ensaísta francês jamais embarcou em um trem do Metrô de Recife. Se o fizesse, talvez chegasse à conclusão que a vida não é só um labirinto de tempo, mas também de espaço. Ali, informações desencontradas se entrecruzam. Assim, perde-se tempo. E perde-se no espaço. 

Sem a pretensão de elocubrar conceitos filosóficos, foi essa sensação que o repórter forasteiro aqui teve ao encarar, pela primeira vez, uma aventura no metrô da capital Pernambucana. Para além do frevo, o Galo da Madrugada e o sotaque agradabilíssimo do povo, pouco conheço do Recife. Sem norte no metrô local, esse baiano de Salvador deparou-se com falta de sinalização adequada e informações contraditórias, apesar da boa vontade da população.

A ideia era sentir na pele o que milhares de visitantes sofrem todos os dias – e talvez sofram durante a Copa do Mundo - nas 29 estações por onde passam diariamente 350 mil usuários. Nosso destino? A Arena Pernambuco, claro, com partida na Estação Recife, no Centro. Havia a primeira impressão de que seria uma tarefa fácil. Pelo mapa, o trajeto é cumprido em uma linha reta, sem troca de trens. 

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