Na web, Campos detona sistema tributário

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), criticou durante o sistema tributário nacional e a não realização de uma reforma pelas gestões anteriores, tanto do PT como do PSDB, sobre o assunto. Em um texto publicado na sua página oficial do Facebook, o gestor condenou as medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff (PT-PE) em torno da questão, e afirmou que “prometer uma reforma tributária para o ano seguinte é um discurso normalmente eleitoreiro. E é algo que jamais sairá do papel, como nunca saiu”. Campos escreveu, ainda, que é “preciso que isso (a reforma tributária) aconteça o mais breve possível, mas sem afobação ou vontade de resolver tudo no mesmo dia”.

Em sua crítica mais recente crítica sobre a economia, Campos afirmou que o Brasil possui a maior carga tributária entre os países componentes do BRICS, grupo de nações emergentes formado pelo Brasil (carga tributária de 36%), Rússia (23%), Índia (20%), China (13%) e África do Sul (18%). “Quase três décadas atrás, a carga tributária em comparação ao PIB era de 22.39%; hoje, ela está na casa dos 36%. É uma bola de neve”, disparou o governador.

O socialista defendeu também um planejamento que vise “o Brasil de cinco, dez anos à frente”, afirmando que se medidas para reduzir os impostos fossem implementadas durante as gestões dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil “já teria uma tributação mais justa e menos agressiva”.

Leia abaixo o texto postado pelo governador Eduardo Campos, na íntegra:

Há muito tempo que se fala sobre uma reforma tributária no Brasil. A cada ano este assunto volta à pauta dos brasileiros e sua necessidade se torna ainda mais visível. Entretanto, o que se vê são apenas medidas pontuais que rendem frutos em curto e médio prazo, e servem para atenuar o debate. Agora, uma mudança estrutural e efetiva nos impostos do País, nunca aconteceu.

Hoje, o Brasil tem a maior carga do BRICS, bloco formado por países em desenvolvimento, como China, Índia, Rússia e África do Sul. E, mesmo com a necessidade de uma reforma tributária acontecer, a carga tributária brasileira apenas aumenta. Quase três décadas atrás, a carga tributária em comparação ao PIB era de 22.39%; hoje, ela está na casa dos 36%. É uma bola de neve.

É preciso que este tema entre na pauta do País, mas de forma efetiva. Não adianta prometer uma reforma tributária para o ano seguinte, se o orçamento já está comprometido antes mesmo do ano começar.

É preciso agir com estratégia, planejando mudanças que acontecerão gradualmente, sempre possibilitando que o País absorva a diminuição do total arrecadado com impostos. Não adianta fazer contas e pensar sobre quem perde e quem ganha a curto a prazo. É preciso um pouco mais de visão e enxergar não o Brasil do próximo ano, mas o Brasil de cinco, dez anos à frente.

 Se isso tivesse acontecido anos atrás, como nos governos de Fernando Henrique Cardoso ou Lula, hoje o Brasil já teria uma tributação mais justa e menos agressiva. E é preciso que isso aconteça o mais breve possível, mas sem afobação ou vontade de resolver tudo no mesmo dia. 

 Porque prometer uma reforma tributária para o ano seguinte é um discurso normalmente eleitoreiro. E é algo que jamais sairá do papel, como nunca saiu

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