PSB pode ampliar influência na Assembleia Legislativa

Antônio Assis
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José Accioly
JC Online

A reforma no secretariado do governo Eduardo Campos (PSB) deverá impor mudanças na correlação de forças na Assembleia Legislativa em 2014. E a nova configuração política poderá ampliar a influência do PSB no Parlamento. Isso porque dos quatro deputados estaduais licenciados que hoje ocupam funções no Executivo estadual – e que vão regressar ao Legislativo pernambucano em janeiro – três são socialistas. O quarto nome integra o PR, legenda aliada de Campos. Em contraponto, o PT e o PTB, partidos que saíram da base governista no Parlamento estadual neste ano e que declararam “independência” em relação à gestão Eduardo Campos, perderão nomes a partir de janeiro.

Retornarão à Assembleia Legislativa os secretários estaduais Isaltino Nascimento (PSB/Transportes), Laura Gomes (PSB/Desenvolvimento Social e Direitos Humanos), Aluísio Lessa (PSB/Articulação Social e Regional) e Alberto Feitosa (PR/Turismo). Eles vão assumir as vagas preenchidas, temporariamente, por Isabel Cristina (PT), José Humberto Cavalcanti (PTB), Ossésio Silva (PRB) e Sebastião Rufino (PSB).
Com isso, o PSB do governador Eduardo Campos passará a ter 18 deputados estaduais, frente aos atuais 16. O volume representa mais de um terço das cadeiras na Assembleia. O Legislativo estadual possui 49 parlamentares.
Já o PT e o PTB ficarão com o mesmo número de representantes nas bancadas, com quatro deputados estaduais cada partido. A tendência é que essas duas siglas formem um bloco na Casa de Joaquim Nabuco e passem a operar de modo oposicionista, mas não integrado ao bloco antagônico ao PSB, hoje capitaneado pelo PSDB.
Há a expectativa de o PSDB aderir à base do governador Eduardo Campos, desidratando a bancada de oposição. Caso se confirme os rumores, do bloco oposicionista eleito em 2010, restarão apenas dois deputados, Maviael Cavalcanti (DEM) e Ramos (PMN).
A ideia de ação articulada entre o PT e PTB foi sugerida pelo senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato ao governo do Estado, em 2014. A iniciativa recebeu respaldo de petistas, entre eles a nova presidente estadual, Teresa Leitão.


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