'Mais Mulher na Política' cobra reforma voltada à participação feminina

Antônio Assis
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Agência Senado

A Procuradoria da Mulher do Senado lançou nesta quarta-feira (11) o livreto Mais Mulher na Política, editado em parceria com a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.
A publicação mostra a baixa presença feminina na política, apontada por estudo da Consultoria Legislativa baseado em dados da União Interparlamentar da Organização das Nações Unidas. Dos 188 países avaliados, o Brasil ocupa a 156ª posição em termos de ocupação de cargos no Parlamento. A situação também é bastante desfavorável ao país em termos continentais: dos 34 países americanos, o Brasil aparece na 30ª colocação.

O lançamento do livreto marca a segunda fase da campanha “Mulher, Tome Partido”, movimento de conscientização das mulheres para que ocupem cada vez mais espaços na política.
- Se continuarmos no atual ritmo de crescimento de participação da mulher na política, demoraremos 150 anos para atingir a igualdade de gêneros - alertou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), primeira procuradora da Mulher do Senado, durante o lançamento.
Para a senadora, a baixa participação feminina na política está em total dissonância com o papel e a responsabilidade da mulher na sociedade. A procuradora ressaltou que as nações que avançaram nesse campo instituíram em lei ou de forma voluntária, por iniciativa dos próprios partidos, a alternância de gênero nas candidaturas.
- Devemos avançar para uma reforma política democrática e inclusiva, com lista fechada contendo alternância de gêneros. E que possamos também promover campanhas de maior participação feminina. Dessa forma, estaríamos avançando para uma representatividade de gêneros na política - afirmou Vanessa.
Durante o lançamento, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lastimou que a representatividade da mulher na política brasileira ainda não tenha alcançado um índice satisfatório. Para ele, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer quando se fala em questões de gênero.
- Embora seja maioria no eleitorado, as mulheres ainda não alcançaram igual representação nas instâncias políticas - ressaltou Renan.

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